São Petersburgo: Fortaleza de São Pedro e São Paulo, Catedral do Sangue Derramado e Parques
Conforme explicado no post sobre São Petersburgo, no primeiro dia começaremos pelo local de origem da cidade e caminharemos por incríveis monumentos e jardins até chegarmos na Catedral do Sangue Derramado. Vamos começar o dia atravessando a Ponte do Palácio (Дворцо́вый мост – Dvortsoviy Most) sobre o rio Neva para chegar ao antigo prédio da Bolsa de Valores de São Petersburgo (Здание Биржи – Zdanie Birzhi) e às colunas rostrais, utilizadas no passado para guiar os navios e com decoração marítima. Ambos são do início do século XIX.
Continue pela ponte Birzhevoy (Биржевой) até a Fortaleza de São Pedro e São Paulo (Петропавловская крепость – Petropavlovskaя krepostь), a citadela original da cidade, fundada em 1703 e construída entre 1706 e 1740. Atualmente faz parte do Museu Estatal da História de São Petersburgo, tendo funcionado como fortaleza militar e prisão política.
A entrada ao complexo é gratuita, mas para conhecer o interior de algumas construções é necessário comprar os tíquetes, que podem ser adquiridos na bilheteria ao lado da catedral. Recomendamos chegar cedo, sobretudo em alta temporada, para evitar as longas filas. O primeiro ponto é a Catedral de São Pedro e São Paulo (Петропавловский собор – Petropavlovskiй sobor), concluída em 1733. Além de ser a atração mais antiga da cidade, possui um pináculo dourado característico e um interior com detalhes lindíssimos, destacando-se as tumbas dos imperadores desde Pedro I e da Dinastia Romanov, além de uma iconóstase (divisória que separa a nave da igreja do altar) única e deslumbrante.
O segundo ponto imperdível é conhecer a Prisão Trubetskoy (Тюрьма Трубецкого бастиона – Tyur’ma Trubetskogo Bastiona), destinada a presos políticos desde o século XIX e se estendendo por todo o período soviético. Por suas celas passaram nomes como Tito e Trotsky. Durante a visita é possível ver as celas e ler a história de muitos dos prisioneiros que por lá passaram e compreender um pouco sobre a opressão que existiu no país.
Dispense um tempo para caminhar pelas ruas do interior, com destaque para a estátua em homenagem a Pedro I, idealizador de São Petersburgo, e para os pórticos de entrada e do porto da citadela. A lenda diz que o toque nas mãos do monumento traz sorte – é claro que Silvia fez!
Saia pela outra ponte – Ioannovskiy – em direção a um agradável parque. Repare na pequena Capela da Santíssima Trindade (Храм-часовня Святой Троицы – Khram-Chasovnya Svyatoy Troitsy).
Na quadra seguinte encontra-se a Casa de Pedro I (Домик Петра I – Domik Petra I), primeiro palácio do imperador: uma pequena casa de madeira construída em três dias, em 1703, que foi movida para este local em 1711 e protegida por tijolos a pedido do imperador, para que servisse de “memória de sua simplicidade”. Infelizmente estava fechada para visitação! Confira os horários e dias de funcionamento no site oficial.
No extremo da ilha, seguindo a avenida na beira do rio Neva, está ancorado o Aurora (Крейсер Аврора), navio construído em 1900, que participou da Guerra Russo-Japonesa e da Revolução de 1927, quando a tripulação tomou o navio e participou ativamente do fim do Império e início do socialismo, tornando-se um marco histórico. Também estava fechado no dia em que estivemos na região. Confira os horários e dias de funcionamento no site oficial.
Retorne para o continente pela ponte Troitskiy (Троитскиy) e desfrute do verde Jardim de Verão (Летний сад – Letniy sad). Fundado em 1704 pelo próprio imperador, segue formas geometricamente perfeitas e possui belas fontes e esculturas de mármore, adquiridas de diversos países europeus. Foi utilizado pela nobreza para inúmeros bailes e caminhadas ao ar livre.
Um fato curioso que observamos por toda essa região do norte europeu, como Rússia, Escandinávia e Países Bálticos, foi a realização de fotografias dos noivos, mesmo na tarde de dias úteis, pelos principais pontos turísticos da cidade. O casal caminhava junto com os pais, padrinhos e convidados pela cidade para fotografar e comemorar o momento.
Em frente está o Campo de Marte (Марсово поле), outra imensa área verde do início do século XVIII, cujo nome é uma homenagem ao deus da guerra. No centro uma “chama eterna” serve de memorial às centenas de pessoas mortas no processo da Revolução de 1917, no chamado “Monumento aos Combatentes da Revolução” (Памятник борцам революции).
Atravesse o canal para chegar ao Castelo Mikhailovsky (Миха́йловский за́мок – Mikhailovsky zamok), antiga residência real construída entre 1797 e 1801 visando maior segurança da monarquia em relação ao Palácio de Inverno. Atualmente faz parte do Museu Russo, abrigando a coleção de retrato dos imperadores e outras celebridades russas do século XVII ao início do século XX.
Ao lado está a construção principal do Museu Estatal Russo (Государственный Русский музей), conhecida como Palácio Mikhailovsky, em estilo neoclássico do início do século XIX. Estabelecido em 1895, é o maior complexo de Belas Artes russas da cidade, com obras do século XII ao período soviético.
Atrás do museu encontra-se o imenso e agradável Jardim Mikhailovsky (Михайловский сад), um ótimo local para uma caminhada ou para tomar uma refrescante lemonade.
Para fechar o dia, compre o ingresso na bilheteria para um dos maiores cartões-postais da cidade: a Catedral do Sangue Derramado (Спас на Крови – Tserkovʹ Spasa na Krovi). Construída entre 1883 e 1907, seu nome tem origem no fato de estar localizada no local onde o czar Alexandre II foi assassinado em 1881. A arquitetura exterior remete às principais igrejas ortodoxas russas e o interior é ricamente decorado com mosaicos e afrescos.
No segundo dia faremos o Palácio Peterhof e a Catedral de São Isaac.
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