Marselha, a mais antiga cidade francesa
Conforme explicado no post sobre a França, Marselha (ou Marseille), segunda cidade mais populosa do país, com pouco mais de 850 mil habitantes, foi um dos destinos que visitamos durante a viagem pela Côte d’Azur e Provence. O francês é o idioma oficial, embora não seja difícil se comunicar em inglês após uma breve introdução com poucos termos básicos em francês.
Fundada há mais de 2600 anos como colônia grega, a cidade manteve sua independência durante grande parte do Império Romano, até o cerco de Massilia em 49 a.C. No entanto, a perda de independência não significou a perda da prosperidade, e a cidade permaneceu como importante centro comercial marítimo até o século VIII. A incorporação à Provence 300 anos mais tarde garantiu uma nova onda de desenvolvimento, interrompida brevemente pela Peste Negra e pelos saques durante os séculos XIV e XV, mas retomada pouco tempo após e impulsionada durante a Revolução Francesa no século XVIII e pela Revolução Industrial no século XIX, persistindo até os dias atuais.
Veja nosso guia para a cidade:
Qual a melhor época para ir em Marselha?
É uma cidade com clima Mediterrâneo, com dias longos, secos e quentes no verão (máxima atingindo próximo de 30ºC) e frios no inverno (mínima próxima a 5ºC). Portanto, é possível visitar a cidade durante o ano todo, mas é mais alegre e movimentada no período de junho a setembro. Estivemos em setembro de 2011 em uma extensa viagem, mas um dia inteiro foi pouco!
Quanto tempo ficar em Marselha?
Embora seja uma cidade enorme, é possível conhecer o centro histórico em um dia, mas recomendamos pelo menos dois dias inteiros para as belezas naturais do entorno e sugerimos planejar uma viagem maior que inclua outros locais da Provence ou Côte d’Azur na mesma oportunidade.
Como chegar em Marselha?
Existem três alternativas:
- Avião: se for seu primeiro destino vindo do Brasil, uma ótima alternativa. Com um aeroporto localizado fora da cidade, mas a menos de 30 km do centro, recebe voos de diversas empresas europeias. É possível chegar ao centro de táxi, ônibus expresso ou trem.
- Carro: ideal se planeja uma visita para o sul da França em uma deslumbrante viagem pela Provence ou Côte d’Azur, para destinos como Nice, Aix-en-Provence, Mônaco, Cannes e Saint-Tropez.
- Trem: uma ótima opção para chegada a partir de Paris, em uma viagem de apenas 3 horas.
Veja dicas de como comprar, economizar e se deslocar de trem na Europa em nosso post “Como viajar de trem na Europa“.
Onde ficar em Marselha?
Recomendamos se hospedar próximo ao Vieux Port, um dos principais cartões-postais da cidade e epicentro para visitar as atrações turísticas a pé. Por isso, escolhemos o Newhotel Vieux-Port, um hotel com ótimo custo-benefício em quartos confortáveis e amplos a poucos passos do porto.
A cidade possui inúmeros hotéis (veja todos aqui). Sugerimos os cinco estrelas Hotel C2, Sofitel Vieux-Port e InterContinental – Hotel Dieu, os quatro estrelas Newhotel Vieux Port, La Residence Du Vieux Port, Radisson Blu Hotel Vieux Port e Grand Hotel Beauvau Vieux Port, e os três estrelas Hôtel Maison Montgrand, Hotel Carré Vieux-Port, Best Western Hotel Bourse Vieux Port, Saint Ferréol e Alex Hotel & Spa (se chegar de trem!).
O que fazer? Roteiro Diário!
Recomendamos dedicar o primeiro dia para as atrações históricas. Comece pela Place Jules Guesde, praça praticamente em frente à estação de trem, onde está o Porte d’Aix, o Arco do Triunfo de Marselha, na antiga rota até Aix-en-Provence. Concebido em 1784 em homenagem a Louis XIV e para comemorar o fim da Guerra de Independência dos Estados Unidos, seu conceito foi expandido para outras batalhas, e sua conclusão se deu apenas no ano de 1839.
Caminhe pelas estreitas ruas dessa antiga região da cidade, muitas habitadas atualmente por imigrantes, até a Vieille Charité (ou Antiga Caridade). Construída entre 1671 e 1749 em estilo barroco, exerceu importante papel de abrigo e emprego para os mais pobres, em um momento de grande repressão e violências com os menos favorecidos. No centro, uma bela capela chama a atenção! Atualmente o espaço se transformou em museu e centro cultural.
A menos de duas quadras, encontra-se Cathédrale La Major (ou Catedral de Marselha). A suntuosa basílica menor, construída em estilo bizantino entre 1852 e 1896, possui mais de 3 mil lugares e uma cúpula de 70 metros de altura.
Siga à beira-mar até a antiga Église Saint-Laurent de Marseille (ou Igreja de São Lourenço de Marselha), erguida em estilo romano no final do século XII. Em frente o Mucem, ou Musée des civilisations de l’Europe et de la Méditerranée (ou Museu das civilizações da Europa e do Mediterrâneo), inaugurado em 2013, oferece uma visão multidisciplinar da história da região.
Poucos passos adiante e você chegará ao principal cartão-postal da cidade, o Vieux Port (ou Porto Antigo), uma região com bares, restaurantes e inúmeras embarcações. É dali que saem os barcos (viagem de 20 minutos) para conhecer o Chateau D’If, castelo onde funcionou a antiga prisão eternizada pela obra “O Conde de Montecristo”, e as Ilhas Frioul. Confira apenas se as condições meteorológicas permitirão a visita e, se for o caso, nós recomendamos! Infelizmente ventava muito e não foi possível o passeio.
Contorne o “calçadão” do porto, atentando também, à sua esquerda, à bela construção do Hotel de Ville (ou Prefeitura) de Marselha, construída em 1623.
No lado oposto, outras atrações são destaque. A primeira é o Palais de Justice (ou Palácio de Justiça), localizado na rua paralela em uma construção de 1862, com as clássicas colunas greco-romanas na entrada, e uma agradável praça no fundo, a Place de la Corderie.
No extremo do Vieux Port, está localizada a antiga Abbaye Saint-Victor (ou Abadia São Vitor), fundada no século V, próxima às tumbas dos mártires de Marselha. Um dado histórico importante é que um de seus abades tornou-se papa em 1362!
Logo atrás está o Fort Saint-Nicolas (ou Forte São Nicolau), que já havíamos visto do outro lado do porto. Construído entre 1660 e 1664, seu principal objetivo na época era garantir a independência da cidade.
Fechando as atrações turísticas, suba até a Basilique Notre-Dame de la Garde (ou Basílica Nossa Senhora da Guarda). Construída em meados do século XIX em estilo neo-bizantino, é a atração mais visitada de Marselha no ponto natural mais alto da cidade, a 149 metros. A decoração do interior é lindíssima!
Não deixe de contemplar a deslumbrante vista da cidade e do litoral de Marselha pela localização privilegiada da basílica.
No segundo dia, aproveite para conhecer os belíssimos Calanques, formação geológica que lembra os fiordes noruegueses, ou seja, penhascos que desembocam no mar azul turquesa do Mediterrâneo, localizados ao longo de 20 km de costa próximos à cidade de Cassis. Infelizmente, nossas opções de roteiro não permitiram mais tempo em Marselha e, no segundo dia, seguimos para Aix-en-Provence.
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