Um bate e volta em Washington

Qual a melhor época para ir em Washington?

A cidade possui um clima temperado com as quatro estações bem definidas – um verão quente (17 a 31ºC) e um inverno frio (-2 a 7ºC). Dessa forma, a melhor época para visitar é na primavera quando os dias são mais longos e as temperaturas mais amenas.

Quanto tempo ficar em Washington?

Conforme explicamos no post de Nova York, fomos em junho de 2015 e optamos por um bate e volta de um dia em Washington. É suficiente (embora cansativo!) para conhecer todos os monumentos, mas se deseja visitar os excelentes museus (são mais de 15 e a maioria é gratuita!) ou passar mais tempo em Georgetown, sugerimos acrescentar um ou dois dias para aproveitar com calma (são ótimos!). A combinação Nova Iorque e Washington é uma boa pedida pela proximidade e o deslocamento de trem é a melhor opção (mesmo tempo de carro e mais rápido do que de avião se somarmos a chegada antecipada ao aeroporto e o deslocamento para o centro das cidades).

Os principais pontos turísticos – prédios administrativos, monumentos e personagens da história americana – se distribuem ao longo do chamado National Mall – espaço compreendido entre o Capitólio e o Lincoln Memorial. Ao longo do National Mall não existem muitas estações de metrô, praticamente nenhum estabelecimento comercial ou cobertura, ou seja, vale a torcida para não chover e a lembrança de levar um lanche e água na bolsa!

Como chegar em Washington?

A maior parte dos turistas chega de avião e existem três aeroportos principais: Dulles, Ronald Reagan – o mais próximo do centro – e Baltimore e a grande maioria dos voos partindo do Brasil faz conexões em algum aeroporto dos Estados Unidos antes de chegar na cidade. A opção mais confortável e prática para chegar ao seu hotel ou , sobretudo ao centro, se está em um pequeno grupo, é pegar um táxi, mas existem alternativas:

• Shuttles (translado compartilhado em vans): vale principalmente para os que estiverem viajando sozinhos.
• Ônibus: excelente alternativa para pequenos grupos.
• Metrô: ótima possibilidade para os que chegam pelo Ronald Reagan.

No entanto, uma excelente alternativa caso esteja em Nova York é fazer o deslocamento em um excelente e confortável trem – sai de Manhattan e chega na Union Station aproximadamente 3 horas após. Foi nossa escolha!

Onde ficar em Washington?

Os hotéis (veja todos aqui) ficam em sua maioria entre essa região e o Downtown. Os preços não são baratos! Próximo do metrô e da Casa Branca, recomendamos o cinco estrelas The Hay-Adams, o AKA White House e os mais em “conta” Willard Intercontinental, Hilton Garden Inn e Courtyard Convention Center. A grande vantagem é poder fazer tudo a pé.

Quais museus visitar em Washington?

Colocamos os links para cada um deles para que visite os sites e veja o que mais atende seu interesse. A maioria é gratuita e os mais badalados são o Museu de História Natural, o Museu Aeroespacial, o Museu de Memória do Holocausto e o Newseum.

O que fazer? Roteiro!

Compramos a passagem de trem pela internet saindo às 5h30 da Penn Station (em Manhattan!) com destino à bela Union Station (a menos de 1km a pé do Capitólio) e retornando às 19h10. A viagem tem duração de 3h20 em um confortável e moderno trem – semelhante aos europeus.

A partir da estação existem duas alternativas para a visitação da cidade: fazer tudo a pé (cerca de 8km) ou embarcar no Hop-on-Hop-off – ônibus turístico com tarifa diária (ou por 48h) e rota pelos principais pontos turísticos com embarque ilimitado durante a validade do bilhete. A compra pode ser feita diretamente na saída da Union Station. Como o dia estava lindo e adoramos caminhar, optamos pela primeira opção. Se estiver a pé, o Cemitério de Arlington e Georgetown devem ser feitos de metrô.

Caminhamos 700m pelo Lower Senate Park até os fundos do Capitólio, sede do Congresso, de onde observamos a Suprema Corte e a Biblioteca do Congresso. Ambos podem ser visitados, mas é necessário agendar com antecedência (veja no site oficial). Infelizmente estava esgotado quando planejamos a viagem!

Contornamos o Capitólio e chegamos à sua frente, com ampla visão National Mall.

Se desejar visitar o Newseum, vire à direita. Não fomos, mas tem fama de ser um ótimo museu sobre jornalismo e super interativo. Seguimos, portanto, pela calçada direita e passamos pela National Gallery of Art (Galeria Nacional de Arte) com suas esculturas nos jardins. Na rua paralela (Constitution Avenue), atrás dos jardins, fica o belo prédio dos National Archives (Arquivos Nacionais).

Retornamos ao National Mall e passamos pelo Smithsonian National Museum of Natural History e pelo Smithsonian National Museum of American History antes de chegar no Washington Monument (o famoso obelisco de 170m de altura em homenagem a George Washington, comandante do exército que lutou pela independência e primeiro presidente norte-americano). A entrada para subir é gratuita, mas a fila é grande e muitas vezes lota, portanto, se realmente deseja subir, sugerimos fazer a reserva antes.

Viramos então à direita em direção à Casa Branca (residência e local de trabalho do Presidente da República), passando primeiramente pelos jardins do fundo e contornando para a visão frontal.

De volta ao National Mall, passamos pelos Constitution Gardens para chegar ao Memorial da Segunda Guerra. O mais incrível desses monumentos é a grandeza da construção que permite a contemplação de cada um deles como se fosse o único, embora estejam fisicamente próximos. Outro ponto que chama a atenção é o respeito e admiração aos que deram suas vidas pelos valores que defendem, exaltados nas frases gravadas em cada memorial.

Seguindo adiante, passamos pela famosa Reflecting Pool em direção ao Lincoln Memorial (em homenagem ao ex-presidente Abraham Lincoln, que lutou para manter os EUA unidos durante a Guerra Civil e aboliu a escravidão). Magnífico!

À direita do Lincoln Memorial fica o Vietnam Veterans Memorial (em homenagem aos que lutaram na Guerra do Vietnã). O espaço com o nome dos mais de 58 mil soldados mortos é de assombrar. No caminho você encontrará a estátua Three Soldiers, que representa três jovens soldados americanos de diferentes etnias (africana, europeia e hispânica) com seus trajes de guerra observando à distância o sofrimento trazido pelo painel que representa o memorial. As coroas de flores representam homenagens trazidas por norte-americanos diariamente.

Para os que forem ao Cemitério de Arlington a pé, este é o ponto de partida. Optamos por ir de metrô, e seguimos para o Korean War Veterans Memorial (em homenagem aos que perderam a vida na Guerra das Coreias entre 1950 e 1953).

Com fome e sede e sem opções, fizemos uma breve parada em um pequeno quiosque próximo ao memorial para um clássico snack americano.

Com a energia renovada, seguimos pela Independence Avenue em direção ao Martin Luther King Jr Memorial (com uma estátua imensa do defensor dos direitos civis dos negros e inúmeras frases e discursos).

Contornamos, então, o Tidal Basin (um lago) em direção ao imenso Franklin Delano Roosevelt Memorial (em homenagem ao ex-presidente norte-americano que enfrentou o período da Grande Depressão e 2ª Guerra Mundial). É um monumento amplo e mais aberto que os demais que retrata acontecimentos, personagens e frases dos mais de 10 anos de presidência.

Ainda contornando o lago, chegamos ao último memorial, o Thomas Jefferson Memorial (ex-presidente norte-americano com papel importantíssimo na Declaração de Independência).

Ainda a pé retornamos ao lado oposto do National Mall, passando em frente ao belo prédio do Bureau of Engraving and Printing (Casa da Moeda) e ao Holocaust Memorial Museum (Museu em Memória ao Holocausto). Infelizmente a fila era imensa! Optamos por ir ao Cemitério de Arlington e caminhamos em direção ao metrô mais próximo, passando pelo Departamento de Agricultura e entrando na estação Smithsonian, próximo ao Smithsonian Castle, ao African Art Museum (Museu de Arte Africana) e às galerias asiáticas Freer e Sackler. Mais à frente fica o Smithsonian National Air and Space Museum (Museu Aeroespacial).

Descemos na estação Arlington Cemetery, um cemitério militar dedicado aos quase meio milhão de soldados que deram suas vidas pelo país. Os principais pontos são o túmulo do ex-presidente John F. Kennedy e o Tomb of the Unkowns (conhecido também como Tomb of Unknown Soldier – Túmulo dos Desconhecidos ou do Soldado Desconhecido), onde estão os restos de três soldados não-identificados das duas Grandes Guerras e da Guerra da Coréia, guardado por oficiais com troca horária da guarda.

Pulamos a breve passada no Pentágono (ao lado) e à Georgetown (de metrô) pelo inesperado temporal que caiu. Mesmo a pé conseguimos conhecer cada memorial e monumento sem pressa, mas foi cansativo. Sentimos a falta de tempo para visitar alguns museus, mas o passeio vale! Se optar por um bate e volta, lembre-se da alternativa mais tranquila do Hop-On-Hop-Off.